quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ficha Formativa de 5 de Maio - Tópicos de Correcção

Tópicos de correcção
Grupo A
1. - A realidade não é percebida tal e qual como ela é: a ciência não é uma tradução fidedigna da realidade.
- O facto científico é construído, ou seja, elaborado racionalmente ("poderá formar para si uma qualquer imagem do mecanismo").
- Esta construção é conceptual ("os conceitos físicos são criações livres do espírito")e técnica ou instrumental.
- A realidade é matematizada: a ciência transforma as qualidades do real em quantidades.
- A ciência é uma aproximação à realidade marcada pela revisibilidade ("mas nunca terá a certeza de que a sua imagem seja a única").



2. O interesse do homem comum pelo relógio é meramente pragmático - facilita e rentabiliza a experiência vivencial e a rotina quotidiana.
- Satisfaz-se com uma leitura imediata e superficial da informação que se mostra aos sentidos - esta informação sensorial é suficiente ("vê o mostrador"; "ouve o tique-taque").
- Não se preocupa em abrir a caixa nem problematiza o funcionamento do mecanismo que está no seu interior.



3. As estruturas a priori são: a sensibilidade e o entendimento.

Sensibilidade:
- receptividade
- passividade
- espaço e tempo (a priori)
- vazia (até receber os dados dos sentidos)
- geradora de intuições sensíveis
- "dá-nos" o objecto

Entendimento
- espontaneidade (produtor de conceitos)
- conceitos (a priori)
- activo
- vazio (até receber as intuições sensíveis)
- pensa o objecto

Grupo B
tema - o texto fala da falsificabilidade como critério de demarcação da ciência.
prob. - Como validar um sistema científico?

Rejeição da verificabilidade:
- explicar o que é o verificaccionismo;
- apresentar as razões daquela rejeição: verificacionismo e indutivismo - a generalização indutiva; o problema da indução; o sentido positivo do verificacionismo e a sua lógica falaciosa; modus ponnes; verificacionismo e certeza ou objectividade forte.

Defesa da refutabilidade
- principio da falsificação;
- experiência e refutabilidade;
- corroboração e resistência aos testes;
- o sentido negativo e o modus tollens
- o papel das conjecturas.
- a importância do erro; objectividade fraca

Bom Trabalho,
Prof. Susana Pinto

terça-feira, 22 de março de 2011

Análise Fenomenológica do Acto de Conhecer

As alunas do 11º C e E revelaram os seus dotes artísticos e conseguiram provar que um texto de fenomenologia pura pode ser traduzido de uma forma divertida e atraente. Parabéns a quem respondeu positivamente a este desafio.
Transcreve-se, em baixo, o texto de Hartmann que esteve na base dos trabalhos das alunas (ver também Manual adoptado, p. 18.

Catarina e Raquel - 11º C

Andrea e Alexandra - 11º E

Janete - 11º E


N. HARTMANN
Les Principes d'une Métaphysique de la Connaissance. Paris: Ed. Montaigne, 1945, t. l, pp. 87-88
Em todo o conhecimento, um "cognoscente" e um "conhecido", um sujeito e um objecto encontram-se face a face. A relação que existe entre os dois é o próprio conhecimento. A oposição dos dois termos não pode ser suprimida; esta oposição significa que os dois termos são originariamente separados um do outro, transcendentes um ao outro.

Os dois termos da relação não podem ser separados dela sem deixar de ser sujeito e objecto. O sujeito só é sujeito em relação a um objecto e o objecto só é objecto em relação a um sujeito. Cada um deles é o que é em relação ao outro. Estão ligados um ao outro por uma estreita relação; condicionam-se reciprocamente. A sua relação é uma correlação.

A relação constitutiva do conhecimento é dupla, mas não é reversível. O facto de desempenhar o papel de sujeito em relação a um objecto é diferente do facto de desempenhar o papel de objecto em relação a um sujeito. No interior da correlação, sujeito e objecto não são, portanto, permutáveis, a sua função é na sua essência diferente. (...)

A função do sujeito consiste em apreender o objecto; a do objecto em poder ser apreendido pelo sujeito e em sê-lo efectivamente.

Considerada do lado do sujeito, esta apreensão pode ser descrita como uma saída do sujeito para fora da sua própria esfera e como uma incursão na esfera do objecto, a qual é, para o sujeito, transcendente e heterogénea. O sujeito apreende as determinações do objecto e, ao aprendê-las, introdu-las, fá-las entrar na sua própria esfera.

O sujeito não pode captar as propriedades do objecto senão fora de si mesmo, pois a oposição do sujeito e do objecto não desaparece na união que o acto do conhecimento estabelece entre eles; permanece indestrutível. A consciência dessa oposição é um aspecto essencial da consciência do objecto. O objecto, mesmo quando é apreendido, permanece para o sujeito algo exterior; é sempre o objectum, quer dizer, o que está diante dele. O sujeito não pode captar o objecto sem sair de si (sem se transcender); mas não pode ter consciência do que é apreendido, sem entrar em si, sem se reencontrar na sua própria esfera. O conhecimento realiza-se, por assim dizer, em três tempos: o sujeito sai de si, está fora de si e regressa finalmente a si.

O facto de que o sujeito saia de si para apreender o objecto não muda nada neste. O objecto não se torna por isso imanente. As características do objecto, se bem que sejam apreendidas e como que introduzidas na esfera do sujeito, não são, contudo, deslocadas. Apreender o objecto não significa fazê-lo entrar no sujeito, mas sim reproduzir neste as determinações do objecto numa construção que terá um conteúdo idêntico ao do objecto. Esta construção operada no conhecimento é a "imagem" do objecto. O objecto não é modificado pelo sujeito, mas sim o sujeito pelo objecto. Apenas no sujeito alguma coisa se transformou pelo acto do conhecimento. No objecto nada de novo foi criado; mas no sujeito nasce a consciência do objecto com o seu conteúdo, a imagem do objecto.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dúvidas - 2º Período


Falácias
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