I - Rawls: O problema da justiça Social NOVO
A
Para nos podermos queixar da
conduta e das crenças de outros, temos de demonstrar que essas ações nos ferem
ou que as instituições que as permitem nos tratam de forma injusta. E isto significa
que temos de apelar para os princípios que escolheríamos na posição original.
Contra estes princípios, nem a intensidade do sentimento nem o facto de ele ser
partilhado pela maioria têm qualquer relevância.
John Rawls, Uma Teoria
da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001
Explique, a partir do texto, a
função da ideia de «posição original» na teoria da justiça de Rawls.
B
Então o que é justo? Que não sejam só as pessoas favorecidas pelo talento que a natureza lhes deu a usufruir do que com isso irão conseguir e adquirir. (...) É injusto que Cristiano Ronaldo, Messi, Bill Gates, grandes empresários artistas, escritores, etc., sejam os únicos a a beneficiar do seu talento.
Mas como fazer que isso aconteça? Procedendo à redestribuição dos rendimentos de modo que os mais favorecidos pela sorte na lotaria natural contribuam para quem - devido a QI limitado ou deficiência física, por exemplo - foi desfavorecido.
Luis Rodrigues e Álvaro Nunes, Filosofia, 10º ano, Plátano Editora
Atendendo ao texto, mostre qual é o propósito do princípio da diferença.
C
Podemos dividir o projeto de Rawls em três elementos. O primeiro é a definição das circunstâncias nas quais se realizará o acordo hipotético; o segundo é o argumento de que os seus princípios de justiça seriam escolhidos nessas circunstâncias; e o terceiro é a afirmação de que isto mostra que aqueles são princípios de justiça corretos, pelo menos para regimes democráticos modernos.
J. Wolff, Introd. à Filosofia Politica, in Carlos Amorin e Catarina Pires, Clube das Ideias, Caderno de Ativ., Areal Editores
Explique o conteúdo do texto C.
II - Deontologia e Utilitarismo
Durante
a Segunda Guerra Mundial, os pescadores holandeses transportavam, secretamente
nos seus barcos, refugiados judeus para Inglaterra, e os barcos de pesca com
refugiados a bordo eram por vezes interceptados por barcos patrulha nazis. O
capitão nazi perguntava então ao capitão holandês qual o seu destino, quem
estava a bordo, e assim por diante. Os pescadores mentiam e obtinham permissão
de passagem.
James Rachel, Elementos da Filosofia Moral
Distinga a Moral Utilitarista da Moral Deontológica no que toca à avaliação da Moralidade da acção dos pescadores.