quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cantinho das Dúvidas


O «Cantinho das dúvidas» está de regresso. Se és aluno do 11º ano, sabes que, durante este 1º Período, nos vamos dedicar ao estudo da Lógica e da Argumentação. Como treino para o teste que aí vem, deixo-te aqui um desafio lógico, proposto pela Professora Catarina Pires, da Escola Secundária Jaime Moniz (Funchal), no site Ao encontro de Hipátia. Para acederes ao desafio (Problema dos chapéus) basta fazer um clic aqui. Podes deixar, nos comentários, a tua resposta a este desafio. Em breve, apresentarei aqui a solução.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ensaio Filosófico - Clonagem

SERÁ A CLONAGEM HUMANA ETICAMENTE ACEITÁVEL?

- Por Joana Cardão, nº 11, 10º C

Chama-se clonagem ao processo pelo qual se produzem, a partir de um só organismo, vários indivíduos geneticamente iguais ao primeiro. Aos descendentes idênticos ao original, chamam-se clones. Será isto novo na natureza? Não. No reino vegetal existem muitos exemplos deste fenómeno. Quem é que não experimentou levar um ramo de uma planta do jardim do vizinho, na esperança de que se desenvolva no seu próprio jardim? No reino animal também se dá este fenómeno, sobretudo em seres menos evoluídos, como por exemplo, as bactérias. E pode mesmo dar-se acidentalmente nos animais evoluídos, como os mamíferos, incluindo o homem: nos irmãos gémeos verdadeiros. Há duas possíveis aplicações para a clonagem humana: a clonagem terapêutica e a clonagem reprodutiva, sendo esta última a analisada neste ensaio.
Importa chegar a um consenso acerca da moralidade da clonagem pois, enquanto não o fizermos, poderemos estar a privar as pessoas de gozarem um novo meio de reprodução injustificadamente. Vou, neste ensaio, defender que a clonagem humana reprodutiva não é eticamente aceitável.
São diversos os argumentos contra a clonagem, destacando-se o da identidade, que defende que a clonagem de seres humanos impedirá estes de terem uma identidade própria. No entanto, refuta-se que os clones apenas teriam o mesmo ADN que os seus progenitores mas provavelmente personalidades diferentes, uma vez que se desenvolveriam em gerações e ambientes distintos. Por exemplo, no caso dos irmãos gémeos verdadeiros (já referido anteriormente) que possuem o mesmo código genético, o seu nascimento não é indesejável. Porém, penso que este contra-argumento não invalida o facto dos clones, assim como gémeos verdadeiros, terem uma maior probabilidade para crises de identidade e de existência. A cópia genética, ou clone, cria uma desigualdade enorme em prejuízo do clone. O saber demasiado sobre o clonado, o seu destino e as suas possibilidades, anula as hipóteses de um normal desenvolvimento psíquico. Se respeitarmos o direito de toda a vida humana a encontrar o seu próprio caminho e ser uma surpresa para ela mesma, então a clonagem fica vedada.
Outro dos argumentos é o chamado de instrumentalização: aqueles que querem ser clonados poderiam tratar os seus clones como simples meios para alcançar determinados fins. Algumas pessoas defendem que este aspecto é improvável e que qualquer pessoa pode ter este tipo de atitude perante outra sem que esta seja seu clone. No entanto, na minha opinião, será muito mais provável isto acontecer no caso dos clones, pois este teria um conjunto de características determinadas e conhecidas a priori o que levaria ao possível planeamento duma instrumentalização pré-concebida. E isto seria como um atentado à dignidade do outro, enquanto ser humano.
O perigo da eugenia (selecção de indivíduos com características genéticas consideradas desejáveis): as pessoas poderiam recorrer à clonagem para tentar ultrapassar a sua longevidade, através da perpetuação do seu ADN; criar grupos de pessoas geneticamente iguais, para desempenharem uma determinada função (por exemplo, clonar pessoas altas, para que estas constituíssem uma equipa homogénea de basquetebol) ou até clonar celebridades para que os filhos (clones) herdassem o talento deles – onde se aplicaria, mais uma vez, a instrumentalização. Existem ainda objecções bastante fortes à clonagem como sendo a da diversidade da natureza. Uma das nossas particularidades é a enorme variedade genética que é a principal garantia da sobrevivência das espécies e biodiversidade, sendo esta ampla e fascinante no ser humano. No entanto, se com o desenvolvimento da clonagem, as pessoas começassem com regularidade a recorrer a técnicas desta natureza, a tal diversidade poderia de certa forma extinguir-se progressivamente. Por exemplo, devido à clonagem, todas as bactérias são iguais, e um antibiótico específico adequado mata-as a todas. Da mesma maneira, se tivermos uma população de seres humanos todos iguais resultantes de clonagem, o que afectasse um, afectaria igualmente todos, pondo em perigo a própria sobrevivência da espécie.
Outro dos argumentos fortes contra a clonagem acaba por ser a baixa taxa de sucesso desta em mamíferos. O nascimento da ovelha Dolly, por exemplo, foi o resultado de 276 clonagens fracassadas, e há indícios de que os clones criados com a tecnologia actual poderão nascer defeituosos e ter uma esperança de vida bastante inferior à média. Afinal Dolly morreu com apenas 6 anos de idade, quando o normal seria cerca de 12 anos, e de doenças que normalmente afectam indivíduos idosos. Daí a clonagem não ser o caminho para a imortalidade. Se se decidisse clonar seres humanos, teria que se proceder como com os animais: com tentativas e erros, o que significa que propositadamente, se vão criar grande número de vidas humanas inviáveis ou afectadas. Dado isto, será justo poder sacrificar centenas de vidas humanas para que se obtenha a cópia de uma?
Assim a objecção dos custos humanos evidencia o facto do aperfeiçoamento da técnica de clonagem levar à destruição de vidas humanas e à concepção de crianças com deficiências, assim como ao facto da esperança média de vida dos clones ser inferior à média (já referido anteriormente).
A razão que pode levar a justificar a clonagem humana, é a ignorância sobre a dignidade de uma pessoa. Citando Kant: “No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode pôr-se em vez dela, qualquer outra coisa como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade”. Um animal não é o seu genoma, e muito menos o é o homem. Fabricar clones de seres humanos, sob a falsa crença de que assim conseguiríamos seres idênticos a todos os níveis, supõe materializar efectivamente os seres assim obtidos, reduzi-los à categoria de objectos. Esquecer-se-ia o valor da dignidade humana. A clonagem nega, na sua própria essência, que os seres humanos possam ser fim em si mesmos. Quer dizer, a clonagem supõe um ser criado para algo, daí a imoralidade desta operação.
No entanto, há quem concorde com a clonagem para ter um bebé. Por exemplo, pais que perderam um bebé e querem substituí-lo, ou pessoas que querem ter os seus próprios filhos mas que não conseguem da maneira tradicional. Por exemplo, nos casos em que um homem não consegue produzir esperma, pode fazer com que o sei próprio ADN seja introduzido no ovo da sua parceira, criando um clone dele próprio. Mas será esta a atitude mais correcta, sabendo que no mundo de hoje há tantas crianças órfãs que necessitam de amor e carinho de uma família? Na minha opinião, não é lógico nem ético optar pela clonagem quando temos esta opção.
Há ainda outros que defendem que proibir a clonagem equivale a deter a ciência. Mas como escreveu Paul Ramsey “as coisas boas que os homens fazem só podem estar completas com as coisas más que eles recusam fazer”. Parar a clonagem humana não será travar a ciência mas sim não deixar que esta se descontrole, pois a ciência deve estar ao serviço do homem moral e não sobre este. Esta posição é apoiada pelo Papa e pela Igreja que concordam com este progresso científico, mas aliado ao progresso humano, moral e ético. Assim a ciência deve procurar outras formas de clonagem que não suponham a geração de embriões. É nesta direcção que deverá seguir a investigação se quer respeitar a dignidade de todos e cada um dos seres humanos, inclusive no seu estado embrionário. Assim, conclui-se que “submeter os seres humanos à clonagem não é assumir um risco desconhecido, é prejudicar as pessoas conscientemente”.

Ensaio Filosófico escrito pela aluna Joana Cardão, nº 11, 10º C, a 15 de Abril de 2010, ESSPS
Imagem:
http://thumbs.dreamstime.com/thumb_196/119266042770Blp3.jpg


Imagem:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgszCstCGWovAqqee51P13N3pkQ82t6Plkg_E4dGNBlxosdgYbcVs7HAusE3d_PbVW1WtV_FpPr54WqeEZSGh8fRO7AVnxwsPYoJFEcfY5PORC7gbzAAu4ZejDmEIsjfkYzEevEvgft0Ty/s1600/cloning-dolly.jpg

Fenomenologia: temos artistas!

A análise fenomenológica foi assunto tratado no segundo periodo. Se já não te recordas do texto, basta clicar aqui. Na altura o desafio lançado aos alunos do 11º ano foi claro, embora exigente: "pegar" no texto de N. Hartmann e ilustrá -lo. Sim, é isso mesmo... traduzir o texto (total ou parcialmente) em desenho ou criar uma banda desenhada. Os poetas, como se pode ver já a seguir, também tiveram o seu "momento de glória".
Parabéns a todos! - Superaram as expectativas.
Estou a cozinhar um «slideshow» com os desenhos - em breve conto colocá-lo aqui.

Para já, o poema da Carolina e do Patrick, do 11º B:
SIMBIOSE / CONHECIMENTO
Vivia solitária a amiba Prazeres
Assim como a bactéria Simão
Um encontro entre estes dois seres
Fez despertar neles uma relação de união

Sendo a bactéria o sujeito cognoscente
E a amiba o objecto conhecido
Uniu-se a bactéria e seu pretendente
E o seu enlace não pode ser destruído

Simbiose e conhecimento
São dois termos irmãos
Em ambos os casos
Os intervenientes nunca largam as "mãos"

A bactéria Simão respira pela amiba
Dona Prazeres vive para proteger Simão
As suas funções não são permutáveis
Embora relacionando-se por uma correlação

A bactéria sendo o sujeito
Desempenha um papel activo
Apreender/conhecer o objecto
É o seu grande objectivo

O objecto que é a amiba
Desempenha um papel passivo
Quer sempre ser conhecido
Pelo sujeito escolhido

Após um longo periodo
Simão abandona a sua amada
Levando consigo lembranças
Para que dentro dele, ela seja sempre recordada.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Eternas Dúvidas

Ufa! Aproximam-se os últimos testes. Espero que as vossas dúvidas sejam bem mais fáceis do que as da Frankelina! Coloquem-nas aqui! Eu prometo tentar responder objectivamente ...

E já agora ... entre o Popper e o Kuhn, o Mill e o Kant, tratem de arranjar um tempinho para deixar um comentário "final" aos temas abordados nas aulas de filosofia ou às próprias aulas. Com o fim do ano lectivo à porta, podemos fazer um balanço (seja ele qual for...)!


Bom estudo para todos!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Parabéns!


Foto: Prof. Paulo Paiva, página da ESSPS

quarta-feira, 3 de março de 2010

Vamos Fazer um Ensaio Filosófico



Agora que já sabes o que é um ensaio filosófico e a que regras deve obedecer a sua elaboração (rever sugestões na barra lateral esquerda), estás pronto para enfrentar o novo desafio: propomos-te que elabores um ensaio filosófico. O tema é oferecido pelo video em cima. Os passos são os seguintes:

1. Formule o problema
2. Diga qual o objectivo do ensaio
3. Mostre a importância do problema
4. Identifique as principais teses concorrentes
5. Apresente a tese que quer defender
6. Apresente os argumentos a favor dessa proposição
7. Apresente as principais objecções ao que acabou de ser defendido
8. Responda às objecções
9. Tire as suas conclusões

Mãos à obra!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

11º B - Teste


Matriz do próximo Teste de Avaliação

Conteúdos (manual):
vol. 1: pg. 102 a 143
vol.2 : pg. 11 a 41 (Nota: seleccionar as teorias explicativas do conhecimento de acordo com trabalhos de grupo)

Estrutura:
Grupo I
Texto sobre um tema da actualidade
- 3 questões “tradicionais” (tema/tese/problema)
3 x 10 = 30 pontos
- 1 questão de argumentação
20 pontos

Grupo II
Questões de resposta curta orientada
- 2 questões sobre falácias (teoria) – (vol.1, pg. 120 -133)
2 x10 = 20 pontos
- 1 questão sobre teorias explicativas do conhecimento (vol.2, pg. 21-34)
15 pontos
- 1 questão sobre Estratégias de Persuasão (vol.1, pg. 103-104)
15 pontos
- 1 questão sobre Estrutura do acto de conhecer (vol. 2, pg. 14-16)
15 pontos
- 1 questão sobre Relação necessária ao auditório (vol.1, pg. 102)
(V ou F / concorda?)
25 pontos
- 2 questões de definição (qualquer uma das matérias indicadas)
2 x 5 = 10 pontos

Grupo III
Questão de desenvolvimento
Descrição Fenomenológica do Acto de Conhecer (vol. 2, pg. 17 a 20)
50 pontos



CORRECÇÃO DO TESTE DE AVALIAÇÃO – 15 / 01
I
1. O tema do texto é a dificuldade de formar uma opinião esclarecida na actual era de informação.
2. O autor defende que, se por um lado, a informação é vital na sociedade actual, por outro, por ser excessiva, impede a formação de uma opinião esclarecida.
3. O problema é: Qual o papel da informação na formação das nossas opiniões?
4. «Mas …» a mesma informação pode tirar liberdade. O «mas» visa alertar para a dimensão prejudicial da informação. [O excesso ofusca, adormece, engana, distorce, manipula…]
II
1. Argumento sobre causas. Mostra a relação entre dois fenómenos (emagrecer e aumentar a actividade desportiva), considerando que um deles tomado como causa (actividade desportiva) produz o outro como efeito (emagrecer).
2. Sim, pelas seguintes razões: - parte de um caso particular (árvore) para outro também particular (ser humano); - parte de semelhanças visíveis (metabolismo e reprodução) para inferir outras semelhanças (crescimento); - apesar de se verificarem diferenças importantes (planta vs mamífero), as semelhanças que se tomam como ponto de partida são muito significativas.
3. a) Falácia populista. Recorre a uma figura popular (C. Ronaldo), para conquistar a adesão das multidões a uma tese (a união conduz à vitória). Essa figura exerce a sua influência para despertar sentimentos entusiastas que, neste caso, apelam à união.
b) Falácia da autoridade. Aproveita-se da fama de uma personalidade (C. Ronaldo) cujo mérito é irrelevante para o tema em discussão (banca). C. Ronaldo é uma autoridade do futebol e não da banca.
c) Falácia da Ignorância. Refuta-se uma tese por não se conseguir provar que é verdadeira. Não se conseguiu provar que é verdade que «Maddie morreu». Então, declara-se como falsa essa proposição: «Maddie não morreu».
4. Falsa. O logos corresponde à inteligibilidade (razão) daquilo que é dito. Está em jogo o próprio discurso argumentativo e por isso também o seu estilo (sóbrio e contido) e a sua estrutura. O modelo proposto pelos sofistas neglicencia a verdade (e por isso a racionalidade) a favor da aparência (opinião enganadora). O estilo não é sóbrio, mas de uma eloquência ornamental com intuitos sedutores. A sofística valoriza o pathos e o ethos.
5. a) Lógica informal - área que se dedica ao estudo dos argumentos cuja validade não depende apenas da forma lógica mas também dos conteúdos (aspectos concretos da argumentação).
b) Demonstração – exercício racional de carácter constringente que, me¬diante o recurso a premissas inquestionáveis, sustenta uma con¬clu¬são verdadeira.

III

O auditório condiciona o processo argumentativo da seguinte forma:
- O auditório é soberano: a eficácia da argumentação resulta da capacidade de adaptação do orador ao auditório.
- O discurso é elaborado em função do perfil do auditório: o orador deve conhecer o auditório (“ter uma ideia tanto quanto possível próxima da realidade”).
- O auditório condiciona a escolha de premissas, pois os fundamentos do discurso devem apoiar-se naquilo que o auditório aceita como certo (os bons argumentos são os que partem de premissas que o auditório considera como verdadeiras).
- Para que uma premissa seja plausível deve ser retirada das cognições do auditório.
- O auditório condiciona também a linguagem a utilizar pelo orador.
- Conclusão: desprezar estes aspectos é “fatal”, porque a argumentação corre o risco de ser fraca e não atingir os seus propósitos persuasivos.

DIVULGUEM!

A Lista de Schindler

FICHA TÉCNICA
Título original: Schindler´s List
Direção: Steven Spielberg
Ano: 1993
Género: Drama / Guerra
Duração: 197 min / EUA: 194 min
País: Estados Unidos
Língua: Inglês / Hebraico / Alemão / Polonês
Cor: Preto & Branco / Colorido (DeLuxe)
Classificação: 14 anos


«Quem salva uma vida, salva a humanidade inteira»

«Que motivos levaram uma nação que foi berço dos maiores filósofos e músicos da história a render-se a uma ideologia que pregava o ódio e a intolerância?
Como podem as diferenças entre seres humanos tornarem-se desculpas para que actos bárbaros sejam cometidos?
O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar a sangue-frio um semelhante seu como se fosse um insecto?»
(ver mais em http://alistadeschindler.com/Filme)

Escreve um pequeno texto crítico sobre o filme, tomando como ponto de partida UM dos seguintes conceitos:
a) Etnocentrismo
b) Relativismo Cultural
c) Tolerância/Intolerância
d) Direitos Humanos
e) Pessoa
e) dignidade



O que é o Holocausto?
Sobre o Gueto de Cracóvia
Sobre o Campo de Plaszóvia
Sobre Auschwitz e as câmaras de gás
Quem foi Oskcar Schindler?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Teorias Sobre o Livre-Arbítrio: Caso Prático

«0 que tem este rapaz a ver com o crime que cometeu? Ele não foi o seu próprio pai. Não foi a sua própria mãe. Não foi os seus próprios avós. Tudo o que é foi-lhe transmitido. Ele não se fez a si mesmo nem criou as circunstâncias em que foi educado. Sei que uma de duas coisas aconteceu a Richard Loeb: Que o seu terrível crime já estava inscrito em si e veio de algum antepassado ou foi determinado pela educação recebida depois de ter nascido. Pensar que alguma pessoa é responsável pelo que é ou pela educação que recebeu é uma ideia absurda que nenhum juiz deve hoje em dia aceitar.»
Clarence Darrow, The Leopold and Loeb Trial

1. Identifique a teoria sobre o livre-arbítrio defendida no texto. Justifique a sua resposta.
2. Imagine que é o advogado de defesa do rapaz mencionado no texto.
Escreva um texto de defesa do rapaz, assumindo a tese:
a) determinista;
b) compatibilista
3. Concorda com o conteúdo da última frase do texto? Justifique.


Deixa aqui as tuas propostas de resolução.

VÊ SOLUÇÕES NOS «COMENTÁRIOS» DESTA POSTAGEM.



imagem em:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0nb2ai-NxSPvMrJ68Nq5qCsBoPi_GNx33KE_yIA_yi4PB3r2_eJ7Zu40Pras-3HpA4BCDPE4b5FIIgghyphenhyphenDtRP8590yJpUeMmG5G16aRTXIufCGTiA7AjT7ETMErUDMLgs8xse9uzn09Cm/s1600-h/juiz.jpg

sábado, 9 de janeiro de 2010

Guia das Falácias e dos Argumentos - 11º C


FALÁCIAS
da falsa analogia
O sol é uma fonte de luz. As lâmpadas são fontes de luz. Logo, o sol é uma lâmpada.
da falsa dicotomia
Se ingerirmos vegetais, não ingerimos carne. Ingerimos vegetais. Logo, não ingerimos carne.
populista
Se a Penélope Cruz usa Loreal, então as vendas vão subir. A Penélope Cruz usa Loreal. Logo, as vendas vão subir.
João 8, Mariana 11, Rafael S. 18, Tiago 20

da autoridade
O Ministro da Economia defende que se deve tomar a vacina contra a Gripe a. Logo, a vacina contra a Gripe A deve ser tomada.
do recurso à força
As pessoas não podem falar mal do regime salazarista, porque quem o fizer, será exilado.
demagógica
Se todas as pessoas defenderem que o ensino até ao 12º ano deve ser obrigatório, então o ensino até ao 12º ano deve ser obrigatório.
Marta 2, Gabriela 6, Margarida 10, Maurício 14

do espantalho
- Pai, podes comprar-me um Audi A4? Pai responde: - Não filho, esse carro é muito caro e não tenho dinheiro para ele. No mesmo instante, o filho vira-se para a mãe e diz: - Mãe, o pai não me quer comprar um carro!
Para ser ateu precisas de crer piamente na inexistência de Deus. Para te convenceres disso, precisas de vasculhar todo o universo e todos os lugares por onde Deus poderá estar. Já que, obviamente, não o fizeste, a tua posição é insustentável.
da generalização precipitada
- enumeração incompleta

O João foi assaltado por um australiano. Logo, todos os australianos são ladrões.
- acidente convertido
O João copiou no teste de Matemática e obteve boa nota. O João não copiou no teste de Filosofia e teve má nota. Logo, o João conclui que sempre que copiar vai obter boa nota.
da composição
Cada um dos jogadores de Portugal é um excelente jogador. Logo, Portugal joga muito bem.
Todas as partes de uma máquina são leves. Logo, a máquina é leve.
Daniel 5, Joana 7, Michelle 15, Miguel 16

da ignorância
- Ninguém provou que os fantasmas existem. Logo, os fantasmas não existem.
- Ninguém provou que os fantasmas não existem. Logo, os fantasmas existem.
da misericórdia
- Senhor juiz não me prenda, porque se o fizer os meus filhos ficam desamparados.
da pergunta complexa
-Já deixaste de fazer vendas ilegais?
da divisão
-Todos os alunos do 11.º C gostam de Filosofia.
-Se o cérebro tem consciência, então cada célula também deve ter consciência.
da derrapagem
-Se jogo CS, então não estudo.
Se não estudo, então tiro negativas.
Se tenho negativas, então fico de castigo.
Se fico de castigo, então como sopa.
Se como sopa, então como espinafres.
Logo, se jogo CS como espinafres.
Ana 1, Cátia 4, José 9, Marília 12, Vasco 21

contra a pessoa
O Diogo disse que o antigo regime não trouxe nenhuma vantagem para o país. Mas como ele é cigano, a afirmação é falsa.
da petição de princípio
- O André é bonito, logo é jeitoso.
- A prática de diversos desportos radicais numa cidade poderá ser considerada como uma arte pois pode ser caracterizado por uma beleza subjectiva que está presente em todos os aspectos desta magnífica actividade.
da falsa causa
- Non causa pro causa

O Pedro sempre que faz testes à quinta-feira obtém boas classificações, por isso o Pedro pensa que a causa das boas classificações foi realizar os testes à quinta-feira.
- Post hoc, ergo propter hoc
Se um desportista tomou certa bebida antes da competição e se saiu vencedor, pode inferir que essa bebida funciona como “poção mágica” e passar a tomá-la antes de todos os jogos.
Carlos 3, Marina, 13, Rafael G. 17, Susana 19


ARGUMENTOS

Argumento sobre causas
A propagação do som depende da vibração das partículas do meio que ao vibrarem vão colidir com as partículas à sua volta transmitindo-lhes o seu movimento.
O som é, portanto, o conjunto de colisões sucessivas entre as partículas que origina uma propagação de energia (sonora).
Nos sólidos as partículas encontram-se mais próximas do que nos gases, e, por isso, as colisões entre as partículas dão-se a um ritmo mais elevado do que nos gases, o que faz com que o som se propague mais rapidamente nos sólidos do que nos gases.
A causa deste fenómeno foi as partículas encontrarem-se mais próximas, e o efeito foi uma propagação sonora mais rápida.
Carlos 3, Marina, 13, Rafael G. 17, Susana 19

Argumento por analogia
O Tó Zé apresenta febre. O Alfredo apresenta febre. O Tó Zé recebeu o diagnóstico da Gripe A. Logo, o Alfredo provavelmente receberá o diagnóstico da Gripe A.
João 8, Mariana 11, Rafael S. 18, Tiago 20

Argumento com base em exemplos
Uma empresa farmacêutica lançou um novo medicamento X e testou-o em várias pessoas, de vários países e de várias faixas etárias. Verificou-se que em todas as pessoas, de vários países e de todas as faixas etárias tiveram a mesma reacção alérgica. Logo, generaliza-se que os fármacos X não são eficazes.
Daniel 5, Joana 7, Michelle 15, Miguel 16

Argumento com base na autoridade
A Directora da luta contra a SIDA defende que se deve usar preservativo. Logo, o preservativo deve ser utilizado.
Marta 2, Gabriela 6, Margarida 10, Maurício 14

[imagem do pinóquio retirada de http://giulianofilosofo.blogspot.com/2007/10/tipos-e-exemplos-de-falcias.html]

Cantinho da Dúvidas - 2º Periodo