domingo, 25 de outubro de 2009

Exercício de Análise Filosófica de Texto (2)

«Não tenho nenhum ajuste de contas com Deus. Isso não tem qualquer sentido. Em primeiro lugar, se Deus para mim não existe, como penso efectivamente, não se pode fazer um ajuste de contas com alguém ou com algo que não existe. Simplesmente, se não existe para mim, isso não significa que eu ignore um facto óbvio. É que a minha mentalidade, no fundo, é uma mentalidade cristã. Os meus valores estão empapados de ideias que têm a ver com o Cristianismo. Perguntam-me «Porque é que você, que é ateu, se preocupa tanto com Deus?» Porque ele está aqui. Onde é que está Deus? Na cabeça de cada um de nós. Fora daí não está Deus. Na cabeça de cada um de nós está tudo o que inventamos. O absurdo neste caso é que, de alguma maneira, o ser humano inventou Deus e depois escravizou-se a ele. E isso é que eu ponho em questão. Eu só penso em Deus para criticá-lo, para tratar de mostrar o absurdo de uma crença que não resolve nenhum dos nossos problemas; que promete, para não se sabe quando, ou a felicidade eterna ou o castigo eterno. Isto é um absurdo.»
José Saramago,
Transcrição e adaptação de excertos do vídeo in http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=b6d10b87-76db-4fc3-aa99-76c4cbf74d80
[Clicar aqui para ver o video]

Questionário:

1. Diga qual é o tema do texto.

2. Formule claramente o problema tratado no texto.

3. Apresente a tese do autor.

4. Estamos perante um caso de «Liberdade de expressão» ou «Provocação»?
Diga qual é a sua posição e apresente as suas razões.

sábado, 17 de outubro de 2009

Testes à porta!


Ei! Ei! A dormir em cima dos livros??? Toca a despertar!

Olá meninos da ESSPS!
Os primeiros testes estão à porta. É preciso organizar o nosso tempo para o rentabilizar da melhor maneira e pôr as matérias em ordem. Quando as dúvidas surgirem, podes contar com este cantinho. Deixa aqui as tuas questões que eu depois passo por cá para te dar uma mãozinha!
Bom estudo!

sábado, 10 de outubro de 2009

Exercício de Análise Filosófica de Texto (1)

Objectivo e aplicação deste exercício: ....


Benjamin Franklin (Boston, 17 de Janeiro de 1706 — Filadélfia, 17 de Abril de 1790) foi um jornalista, editor, autor, maçom, filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista, diplomata, inventor e enxadrista ianque, que foi também um dos líderes da Revolução Americana, e é muito conhecido pelas suas muitas citações e pelas experiências com a electricidade.Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Benjamin_Franklin


Se os animais se comem uns aos outros, por que razão não devemos comê-los? Perderíamos chamar a este argumento «a objecção de Benjamin Franklin». Franklin conta na sua Autobiografia que foi durante um certo tempo vegetariano; mas a sua abstinência de carne terminou quando viu alguns amigos a prepararem-se para fritar um peixe que tinham acabado de fritar. Quando abriram o peixe, descobriram que tinha no interior peixes mais pequenos. «Bem», disse Franklin para si mesmo, «se vocês se comem uns aos outros, não vejo por que motivo não vos podemos comer» e começou a fazê-lo.
Franklin era pelo menos honesto. Ao contar esta história confessa que só se convenceu da validade desta objecção quando o peixe já estava na frigideira e cheirava «admiravelmente bem»; e observa que uma das vantagens de ser uma «criatura racional» é que se pode encontrar uma boa razão para tudo aquilo que se quiser”. As respostas que se podem dar a esta objecção são tão obvias que o facto de Franklin a ter aceitado são mais reveladoras do seu gosto por peixe frito que dos seus dotes de raciocínio. Para começar, a maioria dos animais que matam para comer não seriam capazes de sobreviver, se não o fizessem, ao passo que nós não temos necessidade de comer a carne dos animais. Além disso, é curioso que seres humanos, que normalmente pensam que o comportamento dos animais é «animalesco», usem um argumento, quando lhes convém, que implica que devemos procurar orientação moral nos animais. No entanto, o aspecto mais decisivo é que os animais não humanos não são capazes de considerar as alternativas de que dispõem ou de reflectir na ética da sua alimentação. Dá que seja impossível responsabilizar ao animais por aquilo que fazem ou julgar que, por causa das mortes que provocam, «merecem» ser tratados do mesmo modo. Quem lê estas linhas, por outro lado, tem de ter em consideração a justificação dos seus hábitos alimentares. Não podemos fugir s responsabilidades imitando seres que são incapazes de fazer essa escolha.
P. Singer, Ética Prática, Gradiva, Lisboa, 2000

1. Diga qual é o tema do texto.
2. Formule, sob a forma de uma questão, o problema tratado no texto.
3. Enuncie o argumento de Benjamin Franklin.
4. Apresente a tese de Peter Singer.
5. Sintetize os contra-argumentos apresentados por Singer.

The best of «11º F» (08/09)

Brevemente
(em preparação)

The best of «11º D» (08/09)

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The best of «11º C» (08/09)

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