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sábado, 9 de janeiro de 2010
Cantinho da Dúvidas - 2º Periodo
24 comentários:
Michelle Lourenço 11ºC
disse...
Professora surgiu-me uma dúvida: não percebi a relação existente no exemplo dado da falacia da falsa dictomia com a sua defenição. Percebi o que queria dizer dictomia mas com o exemplo não consigo perceber.. Podia explicar?
Boa tarde stora, para eu falar da relação necessária ao auditório naquela parte se concordo com a argumentação do autor eu posso dizer o seguinte:
Num auditório o orador tem uma tarefa difícil, pois tem que se adaptar aos ouvintes, para captar a atenção deles (para o seu discurso). Para se adaptar aos ouvintes deve optar por escolher premissas verdadeiras, que sigam as regras de validade, e não premissas "pessoais", ou seja, premissas em que expressa a sua opinião e não estão de acordo com o que é verdade para o auditório.O orador ainda deve utilizar argumentos convincentes, argumentos que possuem premissas verdadeiras e não questionáveis. Se o orador quer convencer os ouvintes, deve utilizar uma linguagem simples/clara para os ouvintes a memorizarem e ficarem esclarecidos do que o orador defende.
Boa noite, Professora. Surgiu me uma duvida: Na relação necessária ao auditório, não entendo porque é que a linguagem natural é plena de ambiguidades. Nao deveria ser objectiva?
Michelle: É só pensares em outras possibilidades da nossa alimentação que não se insiram nos 2 grupos referidos no exemplo. Não te esqueças q é uma FALSA dicotomia, por isso haverá OUTRAS hipóteses ...
1. Quando dizes "naquela parte se concordo com a argumentação do autor" estás a faler de quê?, de que autor???
2.Penso que deves reformular a parte em que dizes "e não premissas "pessoais", ou seja, premissas em que expressa a sua opinião". Lembra-te que a argumentação é sempre pessoal. Não vejo porque é que as premissas não podem ser pessoais desde que respeitem os pressupostos do auditório.
3. "argumentos que possuem premissas verdadeiras e não questionáveis" - isto NÂO ESTÁ BEM!Uma das características da argumentação é o carácter DISCUTÍVEL das premissas. Atenção!!!
Susana: A linguagem formal ou matemática é objectiva. A linguagem natural, que é aquela que utilizamos para comunicar e interagir normalmente, é metafórica e ambígua. Pensa por ex., no conceito «banco» ... estou a falar de quê? do objecto ou da instituição?Só o contexto o esclarece ... Quantas confusões e mal-entendidos surgem "graças" a linguagem q utilizamos? O.K.?
Bom estudo !!! Volto daqui a pouco para a última ronda!
Olá Michelle: O quadro pretende mostrar que o conhecimento, enquanto PROCESSO, é uma actividade dinâmica que envolve um sujeito (com diferentes processos cognitivos) e um objecto (q pode assumir diferentes formas, situados num determinado contexto. Ora, esta actividade conduz sempre a um resultado, ou seja, um PRODUTO. Entendido desta forma, o conhecimento pode ser traduzido pelas coisas concretas que adquirimos, quer dizer pelos nossos saberes. É como se o precesso fosse uma corrida e o produto, a vitória que se alcança na meta ...
Boa noite, Professora! Podemos considerar que os objectos (de conhecimento) de natureza empirica são objectos exteriores ao sujeito e que os objectos de natureza intelectual são objectos interiores ao sujeito?
* Quanto aos objectos, podes fazer a correspondência que mencionas: empíricos - exteriores; intelectuais - interiores. * Quanto à pg. 18: Imanente significa «interior ao sujeito». Quando conhecemos um objecto (uma caneta, por ex.) a única coisa que se torna imanente é a IMAGEM do objecto (a construção que fazemos da caneta, com as propriedades que dela recolhemos). NUNCA O PRÓPRIO OBJECTO. Este objecto continua sempre TRNASCENDENTE (= exterior ao sujeito). O que é que o sujeito tem «dentro de si»? A imagem da caneta, e não a própria caneta, não é?
Este aspecto é muito importante. Se ainda tiveres dúvidas, volta a dizer alguma coisa, O.K.? Bom estudo!
Professora, surgiu-me outra duvida acerca do quadro da pag. 18: Nao percebo o que significa que a relação existente entre o sujeito e o objecto é uma correlação. Será que podia tbm explicar a pergunta de desenvolvimento do teste que nos enviou? pois não percebo qual é a contradiçao que parece existir entre a transcendência do objecto ao sujeito e a correlaçao do suj. e do objecto.
Obrigada Susana P.S.: Fiquei esclarecida quanto à duvida anterior.
* Podes consultar o significado de correlação no glossário do manual (fim). Se há uma correlação, isso significa que há uma relação RECÍPROCA entre sujeito e objecto. Cada um só é o que é perante o outro.
* Quando à questão do teste: Por um lado, afirma-se a correlação, a reciprocidade, ou seja, a ideia de que sujeito e objecto não podem ser separados sem deixar de ser o que são. Por outro lado, afirma-se a transcendência (ver glossário) do objecto perante o sujeito, ou seja, afirma-se que um está para além do outro, em domínios diferentes. Então em que é que ficamos? Estão em relação ou estão separados? A contradição é esta.
Boa tarde, stora esqueci-me de lhe perguntar na aula de hoje se no ensaio temos de colocar um tipo de abordagem ao tema em questao, por exemplo no ensaoi que a stora tem no blog sob a eutanásia a aluna fala dos diferentes tipos de eutaásia, a minha dúvida é se temos de os colocar todosou se nao é necessário , uma vez que esse passo nao foi colocado em (como fazer um ensaio?). obrigada , maria joao 10ºC
stora, nao percebo uma coisa, tive a ver os links que a stora tem aqui como exemplo e naquele que a stora tambem mostrou na aula, fala bastante de termos técnicos, de eutanasia passiva, activa, voluntaria, etc. mas seguindo a estrutura nao encontro sitio para enquandrar essa informaçao onde nao vejo qualquer necessidade de recorrer a esse tipo de termos ou de informaçao para realizar o ensaio. Por isso, agradecia que me diga como é que é, poe-se essas informaçoes, nao se poe ?
Já vai tarde ... mas para o caso de outros terem a mesma dúvida ...
Deves sempre clarificar os conceitos que utilizas, principalmente quando eles assumem um papel central no teu texto argumentativo. Por exemplo, se o teu ensaio é sobre a colonagem deves definir este conceito o mais cedo possível: na introdução ou no início do desenvolvimento.
Professora, no livro a ciencia como construção está em que página? É que ja li, o capitilo que sai no teste e não consegui perceber em qual das partes se encontrava a ciencia em construção.
* Michelle e Gabriela: - Sobre a Ciência como construção: Este assunto está bem explicado nas pg.s 49 (A construção do facto científico), 68 (A racionalidade científica ...) e tb no texto T.1 (pg. 77).
* Gabriela: - Sobre o modus ponens e tollens: não é preciso fazer essa interligação. Quando lemos esse texto na aula, "saltámos" esses parágrafos.
* Susana: - Positivo: sujeito à comprovação dos factos; Operatório: diz respeito às operações teórico-práticas elaboradas pelos cientistas para interpretar a realidade.
Em termos gerais: falar no carácter positivo-operatório da ciência é falar da ciência como construção dos factos observados. A ciência nunca nos "dá" a realidade como ela é, mas racionaliza, por intermédio de conceitos teóricos e instrumentos, a realidade.
Não sei se estou a interpretar bem a tua dúvida ... Estás a perguntar em que é que consiste a dedução práticada no método, é isso??? Bom, chama-se dedução de consequências da hipótese porque a hipótese é um enunciado + GERAL e as consequências são enunciados + PARTICULARES que dela são retirados a fim de facilitar a experimentação (q ocorre no momento a seguir ...).
Se a tua dúvida persistir, volta a colocá-la aqui .... [volto + tarde] Bom estudo.
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Não são os que procuram a verdade que são perigosos, mas os que acham que a encontraram. W. Ritschard
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O http://www.aprendizesdefilosofos.blogspot.com/ apareceu a pensar nos alunos do ex-10º C da ESFA. Graças a eles, este blog manteve-se vivo ao longo de dois anos: os alunos corresponderam e superaram as expectativas. Estamos a iniciar o ano letivo de 2012-13 e o aprendizes continua a servir a mesma finalidade que o viu nascer.
24 comentários:
Professora surgiu-me uma dúvida:
não percebi a relação existente no exemplo dado da falacia da falsa dictomia com a sua defenição.
Percebi o que queria dizer dictomia mas com o exemplo não consigo perceber..
Podia explicar?
Boa tarde stora,
para eu falar da relação necessária ao auditório naquela parte se concordo com a argumentação do autor eu posso dizer o seguinte:
Num auditório o orador tem uma tarefa difícil, pois tem que se adaptar aos ouvintes, para captar a atenção deles (para o seu discurso).
Para se adaptar aos ouvintes deve optar por escolher premissas verdadeiras, que sigam as regras de validade, e não premissas "pessoais", ou seja, premissas em que expressa a sua opinião e não estão de acordo com o que é verdade para o auditório.O orador ainda deve utilizar argumentos convincentes, argumentos que possuem premissas verdadeiras e não questionáveis.
Se o orador quer convencer os ouvintes, deve utilizar uma linguagem simples/clara para os ouvintes a memorizarem e ficarem esclarecidos do que o orador defende.
obrigado :)
Boa noite, Professora. Surgiu me uma duvida:
Na relação necessária ao auditório, não entendo porque é que a linguagem natural é plena de ambiguidades. Nao deveria ser objectiva?
Obrigada
ass: Susana 11ºC
Michelle:
É só pensares em outras possibilidades da nossa alimentação que não se insiram nos 2 grupos referidos no exemplo. Não te esqueças q é uma FALSA dicotomia, por isso haverá OUTRAS hipóteses ...
Gabriela
1. Quando dizes "naquela parte se concordo com a argumentação do autor" estás a faler de quê?, de que autor???
2.Penso que deves reformular a parte em que dizes "e não premissas "pessoais", ou seja, premissas em que expressa a sua opinião". Lembra-te que a argumentação é sempre pessoal. Não vejo porque é que as premissas não podem ser pessoais desde que respeitem os pressupostos do auditório.
3. "argumentos que possuem premissas verdadeiras e não questionáveis" - isto NÂO ESTÁ BEM!Uma das características da argumentação é o carácter DISCUTÍVEL das premissas. Atenção!!!
Susana:
A linguagem formal ou matemática é objectiva. A linguagem natural, que é aquela que utilizamos para comunicar e interagir normalmente, é metafórica e ambígua. Pensa por ex., no conceito «banco» ... estou a falar de quê? do objecto ou da instituição?Só o contexto o esclarece ... Quantas confusões e mal-entendidos surgem "graças" a linguagem q utilizamos?
O.K.?
Bom estudo !!!
Volto daqui a pouco para a última ronda!
Marta : tens a resposta no mail.
Bjs
Professora não estou a compreender o quadro da pagina 16. do 2 vol.
Podia-me expplicar?
Olá Michelle:
O quadro pretende mostrar que o conhecimento, enquanto PROCESSO, é uma actividade dinâmica que envolve um sujeito (com diferentes processos cognitivos) e um objecto (q pode assumir diferentes formas, situados num determinado contexto. Ora, esta actividade conduz sempre a um resultado, ou seja, um PRODUTO. Entendido desta forma, o conhecimento pode ser traduzido pelas coisas concretas que adquirimos, quer dizer pelos nossos saberes. É como se o precesso fosse uma corrida e o produto, a vitória que se alcança na meta ...
Boa noite, Professora!
Podemos considerar que os objectos (de conhecimento) de natureza empirica são objectos exteriores ao sujeito e que os objectos de natureza intelectual são objectos interiores ao sujeito?
Obrigada
Susana
Professora, no quadro da pag. 18 sobre a descrição fenomenológica, no ponto 7, não percebo o que significa que o objecto nao se torna imanente.
Obrigada
Susana
Olá Susana:
* Quanto aos objectos, podes fazer a correspondência que mencionas: empíricos - exteriores; intelectuais - interiores.
* Quanto à pg. 18: Imanente significa «interior ao sujeito». Quando conhecemos um objecto (uma caneta, por ex.) a única coisa que se torna imanente é a IMAGEM do objecto (a construção que fazemos da caneta, com as propriedades que dela recolhemos). NUNCA O PRÓPRIO OBJECTO. Este objecto continua sempre TRNASCENDENTE (= exterior ao sujeito). O que é que o sujeito tem «dentro de si»? A imagem da caneta, e não a própria caneta, não é?
Este aspecto é muito importante. Se ainda tiveres dúvidas, volta a dizer alguma coisa, O.K.?
Bom estudo!
Professora, surgiu-me outra duvida acerca do quadro da pag. 18:
Nao percebo o que significa que a relação existente entre o sujeito e o objecto é uma correlação.
Será que podia tbm explicar a pergunta de desenvolvimento do teste que nos enviou? pois não percebo qual é a contradiçao que parece existir entre a transcendência do objecto ao sujeito e a correlaçao do suj. e do objecto.
Obrigada
Susana
P.S.: Fiquei esclarecida quanto à duvida anterior.
Susana:
* Podes consultar o significado de correlação no glossário do manual (fim). Se há uma correlação, isso significa que há uma relação RECÍPROCA entre sujeito e objecto. Cada um só é o que é perante o outro.
* Quando à questão do teste:
Por um lado, afirma-se a correlação, a reciprocidade, ou seja, a ideia de que sujeito e objecto não podem ser separados sem deixar de ser o que são.
Por outro lado, afirma-se a transcendência (ver glossário) do objecto perante o sujeito, ou seja, afirma-se que um está para além do outro, em domínios diferentes.
Então em que é que ficamos? Estão em relação ou estão separados? A contradição é esta.
Bom estudo!
Boa tarde, stora esqueci-me de lhe perguntar na aula de hoje se no ensaio temos de colocar um tipo de abordagem ao tema em questao, por exemplo no ensaoi que a stora tem no blog sob a eutanásia a aluna fala dos diferentes tipos de eutaásia, a minha dúvida é se temos de os colocar todosou se nao é necessário , uma vez que esse passo nao foi colocado em (como fazer um ensaio?).
obrigada , maria joao 10ºC
stora, nao percebo uma coisa, tive a ver os links que a stora tem aqui como exemplo e naquele que a stora tambem mostrou na aula, fala bastante de termos técnicos, de eutanasia passiva, activa, voluntaria, etc. mas seguindo a estrutura nao encontro sitio para enquandrar essa informaçao onde nao vejo qualquer necessidade de recorrer a esse tipo de termos ou de informaçao para realizar o ensaio. Por isso, agradecia que me diga como é que é, poe-se essas informaçoes, nao se poe ?
Já vai tarde ... mas para o caso de outros terem a mesma dúvida ...
Deves sempre clarificar os conceitos que utilizas, principalmente quando eles assumem um papel central no teu texto argumentativo.
Por exemplo, se o teu ensaio é sobre a colonagem deves definir este conceito o mais cedo possível: na introdução ou no início do desenvolvimento.
Bom trabalho para todos!
Tshiiiiiiiiiii ....
o que o sono faz ...
Emendar colonagem para clonagem.
Desculpas ...
Professora, no livro a ciencia como construção está em que página?
É que ja li, o capitilo que sai no teste e não consegui perceber em qual das partes se encontrava a ciencia em construção.
Obrigado :D
Boa tarde stora,
não percebo como interligar o modus tollens ao falsificacionismo.e o verificacionismo ligo ao ponens?
onde encontro a ciência como construção?
Obrigado
Professora:
O que significa o conhecimento cientifico ter carater positivo-operatorio?
Obrigada
Susana
Olá meninas:
* Michelle e Gabriela:
- Sobre a Ciência como construção:
Este assunto está bem explicado nas pg.s 49 (A construção do facto científico), 68 (A racionalidade científica ...) e tb no texto T.1 (pg. 77).
* Gabriela:
- Sobre o modus ponens e tollens:
não é preciso fazer essa interligação. Quando lemos esse texto na aula, "saltámos" esses parágrafos.
* Susana:
- Positivo: sujeito à comprovação dos factos; Operatório: diz respeito às operações teórico-práticas elaboradas pelos cientistas para interpretar a realidade.
Em termos gerais: falar no carácter positivo-operatório da ciência é falar da ciência como construção dos factos observados. A ciência nunca nos "dá" a realidade como ela é, mas racionaliza, por intermédio de conceitos teóricos e instrumentos, a realidade.
Bom estudo para todas!
Bjks
Professora,
De que maneira é que o método cientifico se relaciona com a deduçao( geral- particular)?
Obrigada
Margarida
Olá Margarida:
Não sei se estou a interpretar bem a tua dúvida ... Estás a perguntar em que é que consiste a dedução práticada no método, é isso???
Bom, chama-se dedução de consequências da hipótese porque a hipótese é um enunciado + GERAL e as consequências são enunciados + PARTICULARES que dela são retirados a fim de facilitar a experimentação (q ocorre no momento a seguir ...).
Se a tua dúvida persistir, volta a colocá-la aqui .... [volto + tarde]
Bom estudo.
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