quinta-feira, 21 de novembro de 2013

domingo, 5 de maio de 2013

Dúvidas - 3º período

Testo os meus conhecimentos

I - Rawls: O problema da justiça Social NOVO


A
Para nos podermos queixar da conduta e das crenças de outros, temos de demonstrar que essas ações nos ferem ou que as instituições que as permitem nos tratam de forma injusta. E isto significa que temos de apelar para os princípios que escolheríamos na posição original. Contra estes princípios, nem a intensidade do sentimento nem o facto de ele ser partilhado pela maioria têm qualquer relevância.
John Rawls, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001




Explique, a partir do texto, a função da ideia de «posição original» na teoria da justiça de Rawls.


B


Então o que é justo? Que não sejam só as pessoas favorecidas pelo talento que a natureza lhes deu a usufruir do que com isso irão conseguir e adquirir. (...) É injusto que Cristiano Ronaldo, Messi, Bill Gates, grandes empresários artistas, escritores, etc., sejam os únicos a a beneficiar do seu talento.
Mas como fazer que isso aconteça? Procedendo à redestribuição dos rendimentos de modo que os mais favorecidos pela sorte na lotaria natural contribuam para quem - devido a QI limitado ou deficiência física, por exemplo - foi desfavorecido.
Luis Rodrigues e Álvaro Nunes, Filosofia, 10º ano, Plátano Editora


Atendendo ao texto, mostre qual é o propósito do princípio da diferença.


C



Podemos dividir o projeto de Rawls em três elementos. O primeiro é a definição das circunstâncias nas quais se realizará o acordo hipotético; o segundo é o argumento  de que os seus princípios de justiça seriam escolhidos nessas circunstâncias; e o terceiro é a afirmação de que isto mostra que aqueles são princípios de justiça corretos, pelo menos para regimes democráticos modernos.

J. Wolff, Introd. à Filosofia Politica, in Carlos Amorin e Catarina Pires, Clube das Ideias, Caderno de Ativ., Areal Editores

Explique o conteúdo do texto C.





II - Deontologia e Utilitarismo


Durante a Segunda Guerra Mundial, os pescadores holandeses transportavam, secretamente nos seus barcos, refugiados judeus para Inglaterra, e os barcos de pesca com refugiados a bordo eram por vezes interceptados por barcos patrulha nazis. O capitão nazi perguntava então ao capitão holandês qual o seu destino, quem estava a bordo, e assim por diante. Os pescadores mentiam e obtinham permissão de passagem.


James Rachel, Elementos da  Filosofia Moral



Distinga a Moral Utilitarista da Moral Deontológica no que toca à avaliação da Moralidade da acção dos pescadores.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O Problema do Livre-Arbítrio

Discussão e Tomada de Posição 
(In Alves, F. et al, Pensar Azul,10º ano, Texto Editores;
In http://pensamentofilosofico.blogspot.pt/2006/06/trabalho-referente-ao-filme-minority.html)


Filme Relatório Minoritário
Ler Resumo do Filme - aqui
Guião de análise do Filme - aqui NOVO


Tarefa:
Analise as condições para o funcionamento do Sistema Pré -crime apresentado no filme «Relatório Minoritário».
Em seguida apresentam-se algumas questões que podem orientar a sua análise:
1 - Será que o sistema Pré-crime  pressupõe alguma espécie de determinismo? Porquê?
2 - Qual é a conceção de ação humana que está implícita neste filme?
3 - Há algum espaço para o livre- arbítrio? Porquê?
4 - E que tipo de liberdade estaria em jogo?

Para enquadrar a  discussão, apresentam-se alguns excertos dos diálogos do filme:


Diálogo 1 
(na sala central da Unidade Pré-crime)
John Anderton (o policia), Jad (o assistente de John), e Danny Witwer (o investigador)

Jad: Os Pré-Cogs indicam o crime, o nome dos envolvidos é gravado. Cada peça tem forma e desenho únicos, impossíveis de falsificar.
Witwer: Tenho certeza de que você entende a objeção legal ao método do Pré-Crime [...] nós prendemos indivíduos que não infringiram lei alguma.
Jad: Mas eles infringiriam. O compromisso é metafísico. Os Pré-Cogs vêem o futuro e nunca se enganam.
Witwer: Deixe de ser futuro se o impedimos de ocorrer. Isso não é um paradoxo fundamental?
John: Sim é. Você está sempre a falar sobre predeterminação.
[Uma bola rola sobre o balcão, Witwer apanha-a.]
John: Por que é que a apanhou?
Witwer: Porque ela a cair.
John: Tem certeza?
Witwer: Claro.
John: Mas não caiu. Você apanhou -a. O fato de você ter impedido algo de acontecer não não muda o fato de que esse algo ia acontecer.
Witwer: Já lidou com falsos positivos? Alguém tem intenção de matar e não o faz. Como é que os Pré-Cogs os distinguem?
John: Eles não vêem intenção, só o que se vai fazer.


Diálogo 2 
(idem)
John e Witwer

John: Diga-me exatamente o que quer.
Witwer: Falhas.
John: Há 6 anos não há um assassinato. O sistema é...
Witwer: Perfeito. Concordo. Se há uma falha, é humana. É sempre.


Diálogo 3 
(na estufa de Iris)
John e Iris Hineman (a bióloga responsável pelos Pré-cogs)

Iris: Os Pré-Cogs nunca se enganam. Mas, às vezes... eles discordam um do outro.
John: O quê?
Iris: Na maioria das vezes, os três vêem um fato da mesma maneira... mas, de vez em quando, um deles vê diferentemente dos outros.
John: Deus do Céu. Por que é que  eu não sabia?
Iris: Porque destroem-se estes Registros Dissonantes (Minority Reports) assim que aparecem. 
John:
 Porquê?
Iris: Obviamente, para o Pré-Crime funcionar, não pode haver o menor indício de falibilidade. Quem ia querer um sistema judiciário que incute dúvidas?
[...]
John: Quer dizer que prendi pessoas inocentes?
Iris: Digo que, de vez em quando, os acusados pelo Pré-Crime... poderiam ter um destino alternativo.
John: Responda-me: Lamar Burgess sabe dos Registros Dissonantes?
Iris: Sim, claro, sabe. Mas, na época, entendemos que eles eram uma variante insignificante.
John: Para você, talvez. E para as pessoas com destinos alternativos que eu prendi? Meu Deus, se o país soubesse...
Iris: O sistema desmoronaria.
John: Eu acredito no sistema.
Iris: De verdade?
John: Você quer derrotá-lo.
Iris: Você o derrotará se conseguir matar sua vítima. Seria uma amostra pública espetacular de como o Pré-Crime não funciona.
John: Não matarei ninguém.
Iris: Continue a pensar assim.


Diálogo 4 
(no hotel em que John encontrará Leo Crow)
John, o gerente do hotel, e Agatha (a principal Precog)


Gerente: O quarto é 95 euros por noite.
John: Posso ver os registros?
Gerente: Não pode.
John: [apontando uma arma para o gerente] E agora?
Gerente: Fique à vontade.
John: Ele [Leo Crow] está aqui.
Agatha: Anderton, vá embora. Você tem escolha. Vá embora. Agora.
John: Não posso. Tenho de descobrir o que houve com minha vida.
Agatha: Por favor.
John: Agatha, não vou matar o sujeito. Nem mesmo o conheço.
[...]
John: Não tenho um destino alternativo. Vou matar esse homem.
Agatha: Você ainda tem escolha. Vocês nunca viram o próprio futuro. Você ainda tem escolha.