quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Estudo, logo tenho dúvidas ...

«Penso, logo existo» - desta vez é Descartes a dar o mote para o nosso cantinho das dúvidas.
Quem estiver interessado, pode fazer uma leitura selectiva do artigo http://criticanarede.com/epi_descartes2.html (principalmente a partir do título «A dúvida cartesiana»).

Bom estudo.

15 comentários:

Susana Pinto disse...

Olá Marta:
Tens que ver a filosofia de Descartes como um percurso que segue várias etapas. No segundo nível da dúvida ele põe em causa o mundo físico ( repara que ele duvida da existência de si enquanto corpo). O acto de pensar não se inclui aí. Só no terceiro nível é que ele põe em causa o próprio entendimento, abalando-o com a possibilidade do erro.
O "salto" para o cogito é o próximo passo: é da constatação de que duvida, que Descartes retira a evidência de existir (enquanto res cogitans).
Não sei se clarifiquei a tua dúvida ...

Anônimo disse...

Ola:)
Stora, eu não estou a entender bem a parte do Teeteto,baseando-me na página 157 do manual, ele ao inicio defende que a crença verdadeira é conhecimento, e no fim defende que a crença verdadeira só é conhecimento quando acompanhada de razão(logos), é só isto que temos que saber, ou temos que saber os argumentos de Socrates e a conversa em geral?
Agradeço resposta:)
Ana Carolina:)

Anônimo disse...

Stora, na ultima aula deu-nos a pergunta "na vida prática discutm-se opiniões, crenças, diferençs, oposições" e pede para identificarmos o raciocinio. E ai está o meu problema. raciocinio analitico é o mesmo que dizer Argumento demostrativo ou mesmo silogismo cientifico? E raciocinio dialectico é igual a silogismo dialéctico?
Espero pela sua resposta:)

Anônimo disse...

Boas

Stora, poderia "dar umas luzes" sobre como está estruturada a última pergunta do teste?(Por exemplo, para o teste anterior sabiamos que o grupo IV era sobre o ethos, pathos e logos, e a stora disse-nos que tinhamos uma situação da vida quotidiana e que teríamos que encaixar estas técnicas de persuasão na tal situação. Poderá fazer o mesmo mas neste caso para Descartes?

Anônimo disse...

SÓ HÁ 3 niveis de duvida? e depois é o cógito?

sou sincero não tive tempo de estudar isto

Anônimo disse...

Stora, outra dúvida se me puder responder: temos que saber pormenorizadamente as páginas 125 e 126?Pergunto isto porque no outro teste esta matéria já foi questionada.
Obrigado :)

Anônimo disse...

Outra dúvida:no capítulo 5 basta saber os pequenos resumos que fizemos como tpc e que depois foram corrigidos na aula?
Obrigado
Espero pela resposta

Anônimo disse...

A minha dúvida é a mesma do Tó: como as pgs 125 e 126 ja foram avaliadas n serão muito pertinentes... pois não?
Obrigada

Anônimo disse...

stora, se descartes no 3º nivel põe em causa o acto de pensar como é ke se pode xegar a um "penso logo existo", (duvido, logo existo) se o proprio pensamento é uma duvida? segndo o nivel 3...

isto é o mesmo que dizer k eu existo como alma porque penso, mas que no entanto o acto de pensar é duvidoso, logo segndo o criterio hiperbolico é falso, logo nao penso, e se não penso não existo, resumindo! tá aqui uma confusão meu deus! LOOOL


agradeço explicação bgd

Susana Pinto disse...

Carolina:
Sim, têm que saber os argumentos a que Sócrates recorre para fazer com que Teeteto altere a sua definição de conhecimento.


Rita:
Sim. É isso mesmo.


António:
A última questão vai-te pedir que sejas filósofo. E mais não posso revelar ...
Quanto ao cap 5.: Se os resumos foram bem feitos ...e se se sentem à vontade para navegar na matéria ... Caso contrário será melhor estudar pelo livro.


António e Joana:
Sim, têm que saber as pg.s 125 e 126. São pertinentes.

Susana Pinto disse...

Mário:

descartes, com minúscula????'
ke
xegar, o que é isto????

Penso que a resposta à questão 1, da actividade 5, pg. 176, esclarece a tua dúvida.
De facto a dúvida é hiperbólica. No entanto, há que perceber o "salto" do nível 3 para o cogito. O acto de duvidar faz realçar a certeza do cogito. Descartes apresenta a certeza de que existe enquanto condição indispensável do acto de duvidar.

Bom estudo para todos!

Anônimo disse...

Quando aqui cheguei tinha 3 duvidas, agora tenho milhões :S

1. não percebo como nós relacionariamos a frase que nos deu na aula ("na vida prática discutm-se opiniões, crenças, diferenças, oposições") com a dedução dialética.

2. raciocinio analitico é a mesma coisa/esta relacionado com argumentos dedutivos e raciocinio dialético com argumentos indutivos?

3. não consigo entender porque é que a justificção a priori é necessaria e a a postriori contigente.

4. não entendo a questão da organização dos conhecimentos

5. no 3º nível da duvida, quando Descartes afirma que Deus criou o entendimento virado do avesso ele acha que ele o fez de proposito ou foi acidental? E quando ele questiona se o entendimento nao estará virado do avesso ele nao coloca a questão de que sendo assim tudo o que ele esta a fazer está errado?

6. Tambem não entendo muito bem o cógito. Quando ele chega a este patamar, já descartou tanto o mundo físico como o inteligivel, certo? E o que é preciso saber em relação Às caracteristicas do cógito?

Ok, não eram milhões, mesmo assim são muitas xD.
Obrigada ;D

Susana Pinto disse...

Olá Marta:
Ainda bem que as dúvidas não ficaram por tirar ...
Boa visita de estudo para sexta-feira.

Anônimo disse...

Boa noite stora :)
eu sei que ja e' um pouco em cima da hora visto que o teste e' amanha mas eu estava aqui a estudar o Descartes e cheguei a conclusoes que nao sei bem se estao certas.
e' o seguinte: descartes chega a' conclusao de que deus existe como um ser perfeito pois nao sendo enganador nao existe razao para pensar que construiu o nosso entendimento do "avesso", nao exite razao para pensar que o nosso entendimento nos engana, e visto que o nosso entendimento aponta clara e distintamente para a existencia de deus essa ideia e' tida como veridica. Uma vez que sentimos dores, emoçoes e sentimentos, o nosso corpo exite pois e' ele que experimenta, por exemplo, a dor quando algo nos magoa fisicamente, certo?Uma vez provada a existencia do nosso corpo, este esta directamente ligado a alma atraves dos sentimentos.
Chegada a conclusao de que o nosso corpo existe e de que e' ele o receptor de sensaçoes como a dor e a emoçao, estas sensaçoes sao justificadas pela existencia das coisas corporeas, ou seja, o mundo fisico e' responsavel pelo despertar de sensaçoes em situaçoes como, por exemplo, observar o sol a nascer ou ate mesmo sentir a brisa do mar na nossa face.
Logo podemos concluir que o mundo nao e' um sonho pois o proprio mundo e as leis da natureza foram criadas por deus, e duvidar da existencia do mundo visto que e' uma criaçao de deus e' duvidar da sua existencia.
estarei certa stora?

Susana Pinto disse...

Olá Vanessa!
Sim, estás certa.

Podes completar a última ideia ("e duvidar da existencia do mundo visto que e' uma criaçao de deus e' duvidar da sua existencia.")dizendo:
Além disso, crer que tudo isso é falso é supor que Deus nos engana. E isto Descartes já provou que é impossivel.
Até amanhã!