«Supõe que estás na bicha de uma cantina e que, quando chegas às sobremessas, hesitas entre um pêssego e uma grande fatia de bolo de chocolate com uma cremosa cobertura de natas. O bolo tem bom aspecto, mas sabes que engorda. Ainda assim, tiras o bolo e come-lo com prazer. No dia seguinte vês-te ao espelho, ou pesas-te, e pensas: "Quem me dera não ter comido o bolo de chocolate. Podia ter comido antes o pêssego."
"Podia ter comido antes o pêssego."
Que quer isto dizer?»
Thomas Nagel, Que quer dizer tudo isto?, Lisboa, Gradiva, p. 46
Que quer isto dizer?
* Que podias ter feito algo diferente daquilo que realmente fizeste?
* Que a tua escolha foi determinda à partida?
* Que a tua escolha foi meramente casual?
8 comentários:
penso que o livre arbitrio nao é ilusão, pois nós temos opção de escolha, mesmo que a nossa consciencia nos indique uma opção, nós podemos optar por outra...
by sofia, Barbara e Sergio!!!
Na realidade, poderiamos ter escolhido o pêssego, mas não o fizemos, devido à nossa capacidade de decisão, que foi condicionada pela nossa gulodice.
Apesar de sabermos que o pêssego seria mais saudável, tomámos a decisão "errada", porque no dia seguinte arrependemo-nos do que fizemos.
Mas será que se tivessemos escolhido o pêssego também não nos arrependeriamos?
Na nossa opinião se pudessemos voltar atrás teriamos feito a mesma opção porque, apesar de sabermos qual a opção mais correcta, mais saudável, sabiamos também que um bolo de chocolate é muito mais apetitoso do que um pêssego!
As nossas acções são condicionadas por aquilo que nos rodeia, por aquilo que nos ensinam e por aquilo a que estamos habituados
A nossa vontade de comer o bolo ultrapassa o facto de sabermos que apesar de delicioso faz mal!
;)
O livre arbítrio é real pois tínhamos duas opções. Sendo livres, podíamos escolher entre um e outro. As nossas opções poderiam ser no entanto condicionadas mas nada nos tira a liberdade de escolha. Escolher entre o pêssego e o bolo tem diferentes consequências. Em função dos nossos objectivos, optamos, podendo essa escolha ser a certa ou a errada.
Escolheu o bolo de chocolate, com cobertura de natas, porque era a sua preferência gastronómica.
Embora fosse sabedor de que o pêssego iria fazer melhor à saúde a decisão foi motivada pelo seu desejo mesmo que a sua consciência dissesse o contrário.
Provavelmente, se tivesse comido o pêssego ao outro dia poderia questionar-se se não devia ter comido o bolo. É um assunto influênciável tanto pela consciência como pela vontade.
Uma pergunta (ou mais):
Até que ponto somos livres?
Conseguiríamos nós escolher o pêssego?
Afinal de contas a nossa vontade permanece quando confrontada com qualquer que seja a consequência dos nossos actos. Se assim não fosse não provocaríamos guerras, não poluiríamos o nosso planeta e não cometeríamos tantos outros erros.
Nós achamos qu Livre-arbitrio não é uma ilusão porque nós somos livres de escolher, mesmo que nos venhamos a arrepender. No que diz respeito à liberdade, nós temos experiência pois aprendemos com os nossos erros.
Todas as acçoes são condicionadas pelo que nos rodeia.
os nossos actos levam a consequências inevitaveis, dai devermos raciocinar correctamente e segundo nossos os principios.
A pessoa encontrava-se no momento de escoha perante duas opções ou o bolo ou o pêssego, contudo ela optou segundo o seu gosto ao fim de ponderar os pros e os contras. A pessoa tem livre arbitrio pois pode fazer a sua escolha entre as opções que lhe davam.
Ana Correia nº1 Diana Saraiva nº8 José Maria nº17
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