domingo, 30 de dezembro de 2007

A Alegoria da Caverna - "reescrita" pelos alunos

Certos homens amarrados
Sujeitos à escuridão
Nem o pescoço viravam
Prisioneiros eles são.

Atrás deles está o muro
Que os proíbe de ver
Algo sólido e real
Pessoas a conviver.

A fogueira que ardia
Era a luz que projectava
Tudo o que lá havia
Tudo o que lá passava.

Era o eco que falava
Que ouvia os seus medos
E era a sombra que lá estava
Que guardava os seus segredos.

Certa vez há uma saída
De um certo prisioneiro
Que ganhara a liberdade
Deste modo, o primeiro.

Renasceu da ignorância
De um buraco tenebroso
Agora o sol lhe iluminava
Um caminho para si novo.

A força dos hábitos adquiridos
O impedia de olhar
Para o que existia
E o fazia duvidar.

Mas aos poucos as lembranças
Da caverna e das correntes
Foi um pouco apagada
Por novas formas e gentes.

Foi este o conhecimento
Que o Sol lhe transmitiu
E assim ele percebia
Como tudo existiu.

Vendo a sua condição
lamentava os amigos
Pois ele estava em liberdade
E os outros estavam cativos.

Por causa daquelas trevas
Da caverna escura e fria
Preferia viver pobre
Que voltar à agonia.

Mas se ele lá voltasse
E visse o que se passou
De certeza que diria
Que ali nada mudou.

Nisto os outros presioneiros
Ouvindo o que ele dizia
Já não queriam vir para fora
Pois nem o esforço valeria.

E se eles fossem soltos
Dúvidas não restariam
Que apanhavam o pobre homem
E mais tarde o matariam!

Joel
20 sombras



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