quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

E agora, o Compatibilismo


«Na Ilíada, Homero conta a história de Heitor, o melhor guerreiro de Tróia, que espera a pé firme fora das muralhas da sua cidade Aquiles, o enfurecido campeão dos Aqueus, embora sabendo que Aquiles é mais forte do que ele e que vai provavelmente matá-lo.»

Fernando Savater, Ética para um Jovem


d Interpretar o comportamento de Heitor à luz do conceito de Liberdade, leva-nos a concluir que Heitor podia não ter feito o que fez.
d Interpretar o comportamento de Heitor à luz o Determinismo, leva-nos a concluir que Heitor não podia não ter feito o que fez.

A contradição é nítida!

O problema, para um compatibilista, é como evitar que esta contradição ocorra.

Quais são, então, os argumentos do compatibilista? Como interpretar o comportamento de Heitor à luz desses argumentos?

E já agora, o que faz ali a térmita?

5 comentários:

Anônimo disse...

segundo o determinismo Heitor não teve escolha, mas eu penso que Heitor escolheu por, segundo o filme "Troia", Heitor matou o primo de Aquiles e isso pode telo levado, devido aos remorços, a cometer este acto suicida, quase de certeza que não fui para defender a cidade porque dentro das muralhas estavam seguros deve ter sido para defender a honra e para assumir a responsabilidade pela morte do primo de Aquiles.

Anônimo disse...

Eu, como apoiante do determinismo radical, defendo que Heitor foi alvo de um conjunto de acontecimentos que, como referiu o Joel, o levaram a cometer suicidioda ao se pôr do lado de fora das muralhas da cidade. Na minha opinião, o facto de ele ter, de facto morto o primo de Aquiles e o sentimento de dever em defender a sua família e os seus concidadãos o levaram a deixar a segurança e enfrentar a morte de cabeça erguida, leva-me a entender que não existe aqui qualquer opção de escolha, tudo o que aconteceu e tudo o que acontecerá foi, é e será sempre influenciado por algo e nós seremos guiados e levados Sempre por acontecimentos passados, pelas (in)acções que cometemos.

Anônimo disse...

Quero só dizer-vos para não se basearem no filme "Troia", porque apesar de estar bem realizado, está cheio de incorreções historicas.

Obrigado.

Susana Pinto disse...

Para Abruzzi:
Fernando Savater (num livro giro para vocês lerem:«Ética para um Jovem») diz assim:
«Por grande que seja a nossa programação biológica ou cultural, nós, seres humanos, podemos acabar por optar por algo que não está no programa (...). Podemos dizer "sim" ou "não", quero ou não quero. Por muito apertados que nos vejamos pelas circunstâncias, nunca temos um só caminho a seguir, mas sempre vários.»
Com isto quer ele dizer que,nas mesmas circunstâncias, Heitor poderia provavelmente ter agido de forma diferente ...E até dá algumas sugestões que, embora estranhas, não são impossíveis. Por exemplo, Heitor poderia ter-se fingido de doente ou de louco paranão combater ... ou poder-se-ia ter disfarçado de mulher para fugir ... Ou seja, Heitor foi, de facto, obrigado a lutar?

Anônimo disse...

SEm duvida que o tipo de educaçâo, os valores que foram impostos a heitor, na sua infancia, como a qualquer criança, são importantes, senão essencias, para o desfecho e todo o desenrolar da situação, mas n podemos nos esquecer que não somos apenas o que fazem de nós,a nossa existencia deixaria de ter um propósito s assim fosse, o que não é a forma mais saudavel de pensar na nossa vida.Se é a correcta já não sei responder, pois os conhecimentos que homem tem sobre si próprio ainda n são sufecientes para responder com exactidão.

Posso então apenas dar a minha opnião. Ao meu ver, todas as condicionantes, algumas delas ja referidas, representaram directrizes na decisão de heitor, este preferiu Seguir essas directrizes mas podia n telo feito.